Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Jardim da Celeste

...este é um espaço que revela alguns "pecados" do povo tuga. Os nossos políticos são do pior... e o povo manso releva...

...este é um espaço que revela alguns "pecados" do povo tuga. Os nossos políticos são do pior... e o povo manso releva...

O Jardim da Celeste

26
Dez09

JUSTIÇA CEGA........puta que pariu a zarolha..... e os que a enrabam

TC


O Ministério Público acusou um ourives de homicídio por, em Julho passado, ter morto um dos homens que assaltaram a sua Ourivesaria Vilaça, na Trofa, noticia o JN.
O empresário e ex-militar da GNR resistiu ao assalto e foi ameaçado de morte. O grupo de assaltantes, com idades entre os 16 e os 19 anos, conseguiu fugir com artigos de ouro no valor superior a 204 mil euros.
O homem de 57 anos foi então buscar uma caçadeira e perseguiu os ladrões. Seguiu-se um tiroteio entre o ourives e um dos assaltantes, que acabou por ser atingido no tórax.
A quadrilha pôs-se em fuga numa viatura que tinha sido roubada por carjacking em Paços de Ferreira, onde os esperava outro colega.
Mesmo com o amigo, de 18 anos, a esvair-se em sangue, o grupo continuou a onda de assaltos e, perante a falta de gasolina, roubaram outra viatura. Entretanto, o jovem morreu e abandonaram-no à porta de casa, em Rio Tinto. 

A minha versão:
Herói abate CRIMINOSO e salva famílias de futuros assaltos
Ourives de 57 anos persegue LADRÕES que lhe assaltaram a loja e apenas consegue parar um. Os outros quatro gatunos conseguem fugir e apesar de terem o seu amigo (alvejado) a esvair-se e a MORRER, cagaram de alto nele e foram fazer mais outros assaltos. O dia estava bom.



A versão do Primeiro Ministro:
"Não sei de nada"...."robalos!!???"............"Eu, mmmm...me?".............."Não conheço esses Srs. também"


...

25
Dez09

Estado desconhece o seu património imobiliário

TC

Sócrates disse que «está com vontade de servir o país», mas parece que nem ele nem os seus antecessores tiveram verdadeiro interesse em «desempenhar com lealdade as funções que lhes foram confiadas». De outro modo não leríamos agora a notícia «Estado ainda desconhece número e valor dos seus imóveis» que nos levanta muitas interrogações, das quais saliento à primeira vista as seguintes:

O que significa isto?
Será que os governos terão tido sinceramente «vontade de servir o País»?
Terão os governos escolhido para os altos cargos da administração pública as pessoas mais competentes?
Qual a percentagem dos assessores que enxameiam os gabinetes que foram escolhidos pela sua competência?
Qual a razão de as nomeações não serem precedidas de concurso público isento a fim de serem escolhidos os melhores?
Porque teimam os governantes em nomear os seus amigos, os coniventes, os «yes men», só porque o são?
Porque não foi ainda estabelecido um rigoroso sistema de combate à incompetência, à corrupção e ao enriquecimento ilícito?
Porque não há para cada função uma clara definição de tarefas e responsabilização pelo seu não cumprimento?
Com as actuais lacunas, PORTUGAL tem sido prejudicado, e quem foram e são os beneficiados?

O esclarecimento destas e de outras dúvidas poderá conduzir à melhoria do funcionamento da estrutura do Estado, não apenas quanto ao património imobiliário mas também a todos os restantes sectores públicos.

23
Dez09

FELIZ NATAL para todos

TC


Para toda a minha família
Para todos os meus amigos
Para todos os meus colegas
Para todos os meus alunos
Para todos os colaboradores deste blog 
Para todos os que participam activamente neste blog
Para todos os visitantes deste blog
Para todos os que são boas pessoas apesar de nem saberem que existimos
Para todos os que lutam por um país melhor
Para todos os que dão algo de bom para melhorar o futuro
...
Bem...
...
Para quase todos............ um BOM NATAL.
...
...
...

...e que "alguém" se engasgue com as rabanadas...
...
...
...
22
Dez09

O controlo dos média chegará ao último dos trompeteiros..... a mão sombria do poder P.S. (parasitas selvagens) esmagará a uva da borra da garrafa

TC

É com certeza o ultimo artigo que escreve
ADEUS MÁRIO CRESPO
 


O palhaço
O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. 
O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. 
O palhaço é um mentiroso. 
O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. 
O palhaço é absoluto. 
O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. 
O palhaço coloca notícias nos jornais. 
O palhaço torna-nos descrentes. 
Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. 
O palhaço mete medo. 
Porque está em todo o lado. 
E ataca sempre que pode. 
E ataca sempre que o mandam. 
Sempre às escondidas. 
Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. 
Seja a instaurar processos. 
Seja a arquivar processos. 
Porque o palhaço é só ruído de fundo. 
Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. 
O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. 
Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. 
O palhaço não tem vergonha. 
O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. 
E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. 
O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. 
Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. 
E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. 
Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. 
O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. 
Este é o país do palhaço. 
Nós é que estamos a mais. E
continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço. 

COMENTÁRIO: BRILHANTE!!! Ter os COLHÕES no sítio para chamar os bois pelos nomes quando se tem uma voz que é muito ouvida não é fácil. Parabéns Mário Crespo.
Para os poucos que terão dúvidas sobre a quem se refere este texto deste grande jornalista, cá vai uma pequenina pista: OS INGLESES CHAMAM-LHE PINOCHIO............Dúvidas ainda?....
21
Dez09

Prisão perpétua para alguns era pouco!!!!!!

TC
"Faltam castigos exemplares que desincentivem a corrupção"
Por Nuno Pacheco, Raquel Abecassis (RR) e Shamila Mussá (fotos)
O General Garcia dos Santos aponta o poder político como parte do problema da corrupção e acusa os presidentes de nada fazerem.
Foi uma entrevista sua em Outubro de 1998, ao semanário Expresso, denunciando casos de corrupção na JAE (Junta Autónoma das Estradas, hoje Estradas de Portugal), que levou à criação de uma comissão parlamentar para investigar casos de corrupção. Passados mais de dez anos a corrupção volta à ribalta e o general Garcia dos Santos, 74 anos, engenheiro civil, ex-chefe do Estado-Maior do Exército (1983/2) e ex-presidente da JAE (1997-98), retoma, em entrevista ao programa Diga Lá Excelência, algumas das suas críticas mais veementes.

Passaram-se mais de dez anos sobre o caso JAE. O que acha que impediu que esse caso fosse cabalmente esclarecido e que houvesse resultados práticos da sua denúncia? 
Houve algumas punições, como resultado da sindicância então feita, mas houve um amortecimento sobre a situação propriamente dita da corrupção. Denunciei isso junto da comissão parlamentar de inquérito...

Mas foi-lhe pedido que desse nomes e recusou-se a fazê-lo.
Exactamente. Houve empreiteiros que me disseram que davam dinheiro para isto e para aquilo ao senhor tal e ao partido tal, mas quando eu lhes perguntei se eventualmente quereriam denunciar isso junto da comissão parlamentar de inquérito, recusaram todos lá ir. E como não me autorizaram a dar os nomes deles eu recusei-me a identificá-los na comissão, isso constituiu desobediência qualificada e, como tal, fui julgado. E acabei por ser o único condenado, com uma multa de 150 ou 160 contos.

Mas foi também à Procuradoria-Geral da República.
Na altura o procurador era o dr. Cunha Rodrigues. Quando lhe apresentei o caso, perguntou-me: "Tem provas?" "Não, o senhor é que tem obrigação de as procurar", disse-lhe eu. "Então se não tem provas é escusado continuarmos a conversa."

Como vê o regresso da corrupção à ribalta e os pacotes legislativos que têm vindo a ser discutidos no Parlamento? 
O problema da corrupção não tem solução em termos de acabar definitivamente. Porque a burocracia facilita-a e vice-versa. Mas o facto de a justiça não punir exemplarmente umas quantas pessoas e demorar imenso tempo na recolha das culpabilidades acaba por ser um incentivo ao aumento da corrupção. Se um corrupto fosse punido exemplarmente, isso serviria de exemplo.

Mas há uma dificuldade: a produção de prova. Há alguma maneira de ultrapassar isso?
A corrupção não é fácil de provar porque não há recibos, não há cheques nem facturas nem nada. O dinheiro é entregue em notas. Só se os intervenientes denunciarem. E mesmo assim é difícil porque os outros podem dizer: "Prove!" E não há provas. Mas tem que haver uma solução, porque isto não pode continuar assim.

Mas acha que é sobretudo com leis que se resolve isso?
Portugal é um país onde prolifera a legislação. E julgo, embora não seja especialista, que haverá leis suficientes para aplicar a situações deste tipo. O que falta são castigos exemplares que desincentivem a corrupção. Esse é o problema principal.

O sistema político e partidário que temos está interessado em travar a corrupção? Ou é parte do problema?
É uma das partes do problema, claramente. Porque essas vias são uma possibilidade de financiamento dos partidos políticos.

Mas a lei de financiamento dos partidos mudou. Isso não atenua tais práticas?
Penso que terá atenuado. Mas, como sempre, à boa maneira portuguesa, somos especialistas em fugir à lei. Por isso não há uma diminuição clara da corrupção.

O presidente do Tribunal de Contas sugere uma forma diferente de proceder a concursos públicos, atribuir empreitadas, etc. Acha que pode ser uma solução?
Pode ser uma solução importante. Mas a legislação é muito complicada e por vezes a dificuldade que existe na atribuição, na abertura de concursos públicos e na adjudicação leva a que se procure facilitar e apressar, fugindo a processos que seriam controláveis.


Acha que há em Portugal uma cultura que beneficia este tipo de comportamentos? Nas eleições, por exemplo, vimos serem eleitos autarcas condenados por corrupção...
Penso que sim. O português, com o seu desenrascanço tradicional, procura sempre caminhos que possam acelerar as coisas ou obter meios, sobretudo financeiros, por portas travessas. Isto não é extensivo a todos os portugueses, pelo contrário. Porque não é a sociedade, são os processos que a sociedade utiliza. E aí a justiça tem uma forte palavra a dizer. Era preciso que a justiça fosse mais rápida e que pessoas com determinados perfis, corruptas, fossem punidas exemplarmente.


O que acha que tem impedido essa justiça exemplar?
Talvez um certo facilitismo. É preciso responsabilizar. Se num determinado organismo existe corrupção, nem era preciso ir a tribunal, os responsáveis tinham obrigação de punir os corruptos. E muitas vezes isso não se faz.


Falou, há pouco, em entraves. Acha que um deles é o próprio poder político?
Acho que sim. O poder político tem muitas culpas nesta situação. E eu penso que o primeiro responsável por isso é o Presidente da República. Porque tem obrigação de chamar a atenção para estas situações e impor ao governo a resolução dos problemas.

O presidente Jorge Sampaio por diversas vezes se referiu a esse fenómeno...
O dr. Jorge Sampaio, quando foi Presidente da República, não fez absolutamente nada. Eu tive ocasião de lhe escrever uma carta fazendo-lhe algumas sugestões. Nem me respondeu. E agora aparece com linhas de estratégia para o país. Dá vontade de rir!

Acha que o actual Presidente, Cavaco Silva, tem mais em linha de conta essa preocupação? 
Não, não tem nenhuma. Está calado, não faz rigorosamente nada nesta área e tinha a obrigação de fazer.

Se lhe dessem a si, agora, oportunidade de tomar três grandes medidas de combate à corrupção, o que faria?
A medida número um era responsabilizar as pessoas que estão à frente de determinados organismos. Se houvesse denúncias ou conhecimento de corrupção, tinham que agir e punir os infractores. Se não punissem, eram eles próprios afastados e punidos, porque não tinham actuado. Enquanto isto não se fizer, não há responsabilidade nenhuma. A segunda medida era arranjar forma de detectar os processos de corrupção. E a justiça devia ser mais célere. Se não tem meios, pugne para os ter. Está a dormir!

" Os homens com mau feitio são afastados"


O Presidente da República diz que este clima afasta as pessoas da política. Concorda?
"Eu não sei se são as pessoas que se afastam, ou se é o poder que as afasta porque são incómodas. Eu já fui qualificado com um homem com mau feitio, por escrito, pelo ministro Veiga Simão, então ministro da Indústria. Escreveu-me a dizer que já tinha dito aos homens dele que eu era um homem com mau feitio. E os homens com mau feito que querem que as coisas sejam transparentes são naturalmente afastados. Eu saí de chefe de Estado-Maior do Exército em 1983 e só em 1997 é que me chamaram para fazer qualquer coisa. Portanto estive 14 anos sem fazer rigorosamente nada. E eu tinha 40 anos na altura, acho que ainda era um homem válido. É claro que não estive sem fazer nada. Sou engenheiro civil e trabalhei. Agora como eu terá havido muitas pessoas, que não são aproveitadas porque são homens com mau feitio, que incomodam."

Falta à sociedade civil a disciplina dos militares
Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, Garcia dos Santos foi um dos militares que esteve no quartel da Pontinha (onde também esteve Otelo), envolvido no golpe militar que derrubou a ditadura.

Já se interrogou alguma vez, ao longo destes 35 anos, se foi para isto que fez o 25 de Abril? 
Já, com toda a sinceridade. O Movimento das Forças Armadas disse que, uma vez feita a revolução, entregava o poder à sociedade civil. Eu interrogo-me se isso teria sido uma boa solução. Não sei se os militares teriam sido capazes de resolver o problema, mas a dúvida fica. Talvez as coisas tivessem sido orientadas de outra forma. Porque nós temos, apesar de tudo, uma formação e uma disciplina...

Acha que falta à sociedade civil a disciplina dos militares?
Acho que sim. Com toda a clareza. Mas também teríamos corrido riscos, se isso tivesse acontecido. Podíamos eventualmente cair numa ditadura militar.


Mas que balanço é que faz destes anos de democracia?
Dos três D, a democratização existe; a descolonização foi feita; sobre o desenvolvimento é que tenho grandes dúvidas. O país está sem rumo, sem objectivos. E não é possível desenvolver-se um país sem definir metas, caminhos, por forma a que se atinja um estado que todos desejamos.

A república está prestes a fazer 100 anos e há muita gente que compara a situação que vivemos com aquela que se viveu nos últimos dias da monarquia ou da república. Concorda com isso?
Sou capaz de concordar nalgumas coisas. Nessa altura também não se definiam rumos. Aliás, a nossa história de 900 anos é sistemática em situações deste tipo.

É uma gente ingovernável, como diziam certos autores?
Não se governa nem se deixa governar, isso já é do tempo do Viriato.

Acha que este mal-estar pode vir a gerar algum tipo de revolta?
Pode. E tenho medo que isso possa acontecer. Já há na nossa sociedade pessoas que, primeiro, dizem que a culpa de tudo foi do 25 de Abril; segundo, que é preciso outro 25 de Abril doutra maneira que ponha isto nos carris. O que pode acontecer? Não faço ideia. Mas pode dar azo a coisas que o país não merece.

Acha plausível uma revolta a partir das Forças Armadas?
Acho que não. Confio nas chefias militares, porque estão conscientes de que a democracia existe e que o poder político deve ser exercido pelos civis.
20
Dez09

Carta ao Sócrates (mais conhecido por Pinóquio)

TC


texto de José M. Barbosa

«Senhor Primeiro Ministro,
Engenheiro José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa


Excelência.
Tem Vossa Excelência apenas mais um ano de idade do que eu. Permita-me no entanto que lhe diga que não tem a minha idade, no sentido de que não somos da mesma geração e não é pela diferença de calendário.
Em 1974 aderi ao Partido Socialista, fui secretário da Juventude Socialista do Estoril e nesta qualidade passei as estopinhas para que ideias, políticas sociais, fossem implementadas pelo Partido Socialista.
Quando Francisco Pinto Balsemão desistiu do "Jornal de Cascais" eu fundei um outro jornal, em Cascais, chamado "Boca do Inferno". Aldo Moro tinha sido assassinado. Lembro-me de ter escrito sobre isso, de atribuir a culpa ao PCI. O jornal era um manifesto anti-comunista. Custou-me dezasseis contos o primeiro número de só dois (fiquei teso e o Senhor meu Pai não era o Pai Natal mas quase). Já lá vão 34 anos mas sou o mesmo. Contei com o nobre apoio de António Guterres (UM SENHOR!) - Vossa Excelência já ouviu falar ? - e José Luís Nunes (OUTRO SENHOR!) - Vossa Excelência já ouviu falar ? com quem privei (este último infelizmente partiu).
De António Lopes-Cardoso e Manuel Poppe Lopes-Cardoso (a quem desejo uma rápida recuperação e vê-lo em breve). Theutónio-Pereira e outros, como dizia Pessoa, de quem me não quero esquecer porque não me lembro.
Nestas andanças, Senhor Primeiro-Ministro, nunca o vi.
Afinal, onde estava Vossa Excelência no 25 de Abril ?
Na FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, rua do Alecrim) nem em nenhum outro lado, vi Vossa Excelência. Vossa Excelência era provavelmente, ainda, um bebé. Nem no comício da fonte luminosa em que estive a fazer segurança a Mário Soares, armado até aos dentes com G3, entregues pelo CIAC (de Cascais), armas geridas pelo Sr. Botelho, piloto da barra, primo do José Manuel Casqueiro da CAP (Confederação dos Agricultores Portugueses), gente boa. Dispostos a dar a vida contra a tomada de poder vinda de leste, via PCP. Vossa Excelência, onde estava ? Com certeza que não no berço que não tem.
Depois caíu do céu à frente da JS.
Foi nessa altura que eu me afastei definitivamente.
Anos mais tarde, vim a cruzar-me com Vossa Excelência em Gondomar em 1995/96, vi Vossa Excelência ser amigo e próximo do Major Valentim Loureiro (o restaurante 3M é do melhor que há), quando se discutia quem seriam as empresas que iriam tomar conta da "incineração", com menos preocupações com o ambiente, com mais preocupações pelo negócio, "bindo das Américas".

Permita-me Vossa Excelência duvidar das suas intenções.
A minha dúvida tem raiz no discurso de Vossa Excelência.

Nunca fala a favor do povo português, antes debita argumentos mesquinhos, insultuosos, como se lhe tivéssemos passado um cheque em branco.
Sempre um discurso de defesa, nunca a favor de ninguém. O discurso de Vossa Excelência é o que nos faz desconfiar de Vossa Excelência.
Não são os casos esquisitos do Freeport, as cenas indesculpáveis na Beira e outros sítios, os seus tios que compram Maserattis e o seu primo, pessoa de bem e homem de verticalidade inquestionável, que até se pirou para fazer um curso de "karatê" no Nepal ou na China onde ainda anda. Não é nada disto. Todos temos Vossa Excelência em boa conta, como um homem honesto. Vossa Excelência falha, quando não abona a seu favor.
Quando discursa a promover medidas grosseiras do governo, marketing político para inglês ver (não devia ter dito isto assim, soa a Serious Fraud Office), quando o discurso de Vossa Excelência é um discurso de defesa do seu lugar, da sua posição, do seu poder. Vossa Excelência NUNCA DIRIGIU UMA PALAVRA AO POVO PORTUGUÊS! O seu discurso é reactivo, defende-se afanosamente do que é indefensável.
O caso, mais um,
"computador Magalhães", seria para mim um caso de polícia, como sempre disse, e penso que Vossa Excelência estará de acordo, não fosse o alto patrocínio do Primeiro Ministro do meu país em quem tenho de confiar, nesta parceria do nosso dinheiro com a empresa J.P. Sá Couto de Matosinhos que é a fossa das Marianas da excelência em matéria de trampa informática.
Engana-se Vossa Excelência ao tratar o
Povo Português como uma horda de idiotas. É só isto que não perdoo a Vossa Excelência e lhe digo de caras. Lá porque o Partido Socialista se transformou numa corja de oportunistas e arrivistas, eu estou em crer que Vossa Excelência é completamente alheio ao facto. Pergunte Vossa Excelência a António Guterres, já que o José Luís Nunes não está entre nós.
Sabe, Senhor Primeiro Ministro,
houve Homens neste País que deram a vida, a fortuna, sacrificaram a família, para que a Vossa Excelência seja permitido tratar-nos como bestas. Houve homens que sofreram a perseguição, a tortura e o exílio. Houve homens assim. É verdade.
Não, Vossa Excelência não sabe.

Cá para mim, até não sabe de nada.
Compreendo no entanto, os aspectos críticos em matéria de defesa Nacional, da imagem do País. Falta-me é paciência e já não acredito em nada.
Senhor Primeiro Ministro, se é homem, se é Português, prove-o de uma forma irrefutável. Nessa tão portuguesa expressão que tem raiz na coragem e na seriedade,
mostre que tem tomates, pare de nos envergonhar. Nem lhe pedimos que prove que é sério... o ónus da prova ... prove-nos só que é Português. Deve.


Demita-se.
E desapareça para o Nepal ou para a China. Vá ter lições de Karatê com o "sensei" seu primo, que só lhe fazem bem. Não conspurque a escola de Funakoshi Guishim, meu Mestre de Shotokan. É um favor que lhe peço. Se assim for, está perdoado. Desde que não volte. Primo, idem.»
20
Dez09

Avaliação em Cidadania Avançada

TC
 
Diferenças
 

Diferenças

Assistir ao duríssimo questionamento da comissão de inquérito senatorial nos Estados Unidos para a nomeação da juíza Sónia Sottomayor para o Supremo Tribunal é ver um magnífico exercício de cidadania avançada. Não temos em Portugal nada que se lhe compare. 
Se os nossos parlamentares tivessem a independência dos congressistas americanos, Cavaco Silva nunca teria sido presidente, Sócrates primeiro-ministro, Dias Loureiro Conselheiro de Estado, Lopes da Mota representante de Portugal ou Alberto Costa ministro da Justiça. O impiedoso exame de comportamentos, curricula e carácter teria posto um fim às respectivas carreiras públicas antes delas poderem causar danos.
Se a Assembleia da República tivesse a força política do Senado, os negócios do cidadão Aníbal Cavaco Silva e família, com as acções do grupo do BPN, por legais que fossem, levantariam questões éticas que impediriam o exercício de um cargo público. 
Se o Parlamento em Portugal tivesse a vitalidade democrática da Câmara dos Representantes, o acidentado percurso universitário de José Sócrates teria feito abortar a carreira política. Não por insuficiência de qualificação académica, que essa é irrelevante, mas pelo facilitismo de actuação, esse sim, definidor de carácter.

Do mesmo modo, uma Comissão de Negócios Estrangeiros no Senado nunca aprovaria Lopes da Mota para um cargo em que representasse todo o país num órgão estrangeiro, por causa das reservas que se levantaram com o seu comportamento em Felgueiras, que denotou a falta de entendimento do procurador do que é político e do que é justiça. Também por isto, numa audição da Comissão Judicial do Senado, Alberto Costa, com os seus antecedentes em Macau no caso Emaudio, nunca teria conseguido ser ministro da Justiça, por pura e simplesmente não inspirar confiança ao Estado.

Assim, se houvesse um Congresso como nos Estados Unidos, com o seu papel fiscalizador da vida pública, por muito forte que fosse a cumplicidade dos afectos entre Dias Loureiro e Cavaco Silva, o executivo da Sociedade Lusa de Negócios nunca teria sido conselheiro presidencial, porque o presidente teria tido medo das cargas que uma tal nomeação inevitavelmente acarretaria num sistema político mais transparente. Mas nem Cavaco teve medo, nem Sócrates se inibiu de ir buscar diplomas a uma universidade que, se não tivesse sido fechada, provavelmente já lhe teria dado um doutoramento, nem Dias Loureiro contou tudo o que sabia aos parlamentares, nem Lopes da Mota achou mal tentar forçar o sistema judicial a proteger o camarada primeiro-ministro, nem Alberto Costa se sentiu impedido de ser o administrador da justiça nacional em nome do Estado lá porque tinha sido considerado culpado de pressionar um juiz em Macau num caso de promiscuidade política e financeira.
 
 Nenhum destes actores do nosso quotidiano tinha passado nas audições para o casting de papéis relevantes na vida pública nos Estados Unidos. Aqui nem se franziram sobrolhos nem houve interrogações. Não houve ninguém para fazer perguntas a tempo e, pior ainda, não houve sequer medo ou pudor que elas pudessem ser feitas. É que essa cidadania avançada que regula a democracia americana ainda não chegou cá
19
Dez09

Todos sabem quem são os culpados...

TC

Pedro Namora diz que a culpa do arrastar do Processo Casa Pia é de:
  • Mário Soares
  • Manuel Alegre
  • Júdice
  • Santos Silva
E diz mais:
"A Brigada da PJ que investigou foi desmembrada"..............."O Dr. Rui Teixeira tem sido perseguido"............."A Dra. Catalina Pestana foi afastada da Casa Pia de Lisboa"


"A JUSTIÇA ESTÁ COMPLETAMENTE POLITIZADA"


"ORA SE É JUIZ ORA SE É MINISTRO"


"Desde que a Dra. Catalina Pestana foi afastada da C.P.L pelo Sr. José Sócrates..."
17
Dez09

Venha a merda da divisão das dividas

TC
Norte cada vez mais pobre
A região mais pobre de Portugal, com o produto interno bruto (PIB) per capita mais baixo é o Norte. Esta foi também a região que mais empobreceu nos últimos 13 anos, entretanto ultrapassada pelo Alentejo e pelos Açores, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em 1995, o Norte tinha um PIB per capita 15% abaixo da média, e actualmente está ainda pior: 20% abaixo.

SERÁ QUE A CULPA É DISTO?

Red Bull Air Race no Tejo
O acordo, assinado ontem pelo Turismo de Lisboa (em representação dos municípios de Lisboa e Oeiras) e a Red Bull Air Race, demonstra "o desejo de que uma prova do campeonato internacional se realize sobre o rio Tejo na área entre a Torre de Belém e a Ponte 25 de Abril em 2010".
Durante três anos consecutivos, a prova portuguesa do campeonato internacional realizou-se no Porto, sobre o rio Douro, entre o viaduto de Massarelos e a Ponte Luís I.

O presidente da Câmara Municipal do Porto considera que a transferência do Red Bull Air Race para Lisboa “é mais um factor negativo” do caminho trilhado por um país “que não tem juízo” por “tudo acontecer na capital”.
“Qualquer coisa que tenha êxito fora da capital de imediato é absorvida por ela. Com isto estou a criticar um país que não tem juízo porque não podemos ter um país desenvolvido se tudo acontecer na capital”, afirmou hoje Rui Rio em conferência de imprensa.
Sócrates: REGIONALIZAÇÃO é "indispensável e urgente"
O primeiro-ministro, José Sócrates, reconheceu hoje que a ideia das cinco regiões "não é completamente unânime" no PS, mas considerou que o Estado está preparado para a reforma "indispensável e urgente" da regionalização.

COMENTÁRIO: A Regionalização peca por tardia. Já devia ter vindo há duas décadas. Todo o país perdeu sempre para a capital. Então o interior...
Este exemplo da corrida Red Bull não é mais do que o seguimento das políticas vividas neste país durante anos e anos.
GUERRA NORTE x SUL? 
Nem pensar.
Governar de acordo com as necessidades das regiões e suas especificidades? CLARO.
Mas com autonomia financeira e legislativa. De outra forma só servirá para criar mais JOBs para os BOIS (y).
O Pinóquio quer uma regionalização para equilibrar e modernizar todo o país? NÃO ME ACREDITO. Ele mente todos os dias!!!

Pág. 1/3

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

TACHOS E CUNHAS

PETIÇÕES

Arquivo

  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2009
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2008
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2007
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2006
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub