No sitehttp://www.planetrugby.com/ está a decorrer uma votação para determinar qual a equipa que te impressionou mais no mundial - Só pelo facto de serem amadores, merecem o nosso voto - Só pelo facto de cantarem a Portuguesa, como se não houvesse dia amanhã, merecem o nosso voto - São portugueses!!!
Eu sabia que ia ser assim. Eu sabia que me ia comover quando visse a Selecção Nacional de Rugby entrar em campo. Eu sabia que o hino me ia arrepiar. O que eu não sabia é que ia ver a imagem mais impressionante que alguma vez vi no que a Representar Portugal diz respeito e que me ia desfazer em lágrimas com um sorriso de orgulho no rosto como nunca o tinha feito antes.
Aquilo é que é cantar o hino. Aquilo é ter orgulho em vestir aquela camisola (já tenho uma encomendada!). Aquilo é que é entrar e sair de campo de cabeça erguida. Aquilo é que é ser homem! Ter aquele tamanho todo, aquela coragem toda, aqueles quilos todos, aquela raça toda e ainda assim não ter vergonha de mostrar o coração aberto a 34.162 pessoas e chorar ao cantar o hino do seu país com toda a força e a plenos pulmões. Para que todos ouvissem bem donde eles vieram.
O "homem-do-jogo" é nosso. É advogado. Chama-se Vasco Uva e é o nosso capitão. E eu estou a transbordar de orgulho!
No dia anterior, tinha visto a nossa Selecção Nacional de Futebol a perder estúpida e infantilmente depois de trautear um hino tímido entredentes - isto os que o sabem, porque outros há que praticamente só fazem lálálás. Não terá sido só por isso, mas também, no final aquele empate soube-me a dupla derrota e a derrota no Rugby de ontem soube a Campeonato do Mundo ganho.
Há tantas diferenças na atitude, nas regras, no espírito dos dois desportos que ontem, depois de explodir de alegria e gritar até ficar rouco com o nosso ensaio, ao sentar-me de novo no sofá tive pena de ainda assim gostar mais de futebol do que de rugby. Eu não queria, juro que não queria...
A maior central de produção de electricidade através de energia solar do mundo foi inaugurada em Serpa, no Alentejo. A central de energia solar fotovoltaica de Serpa contou com um financiamento de cerca de 75 milhões de dólares (cerca de 56,4 milhões de euros) em 2006. Já o fornecedor do sistema foi a Power Light que teve a cargo a instalação e vai assegurar a operação e manutenção da central. Ainda a cargo da Catavento esteve o desenvolvimento do projecto que continuará a gerir a central que produz energia para a rede eléctrica de forma experimental desde Janeiro. Esta central tem uma capacidade instalada de 11 megawatts (MW) e vai produzir electricidade para cerca de 8 mil lares. Recebe incentivos do PRIME A cerimónia de inauguração contou com a presença dos responsáveis das empresas envolvidas no projecto e ainda do ministro da Economia, Manuel Pinho e do embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Alfred Hoffman. Na cerimónia foi ainda assinado um contrato para a atribuição de um subsídio ao investimento no valor de 3,7 milhões de euros, no âmbito do Programa de Incentivos à Modernização da Economia Portuguesa (PRIME) do Governo português. De referir ainda que a unidade de Serpa vai assentar sobre uma tarifa preferencial determinada pelo Governo português.
Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar.
E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência.
Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial.
Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia.
Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis.
E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, João R. Matos, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Tchnologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação.
Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo- nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?